INSÔNIA DEMOCRÁTICA!
Salizete Freire Soares
A propósito, respondemos a uma amiga que no
encantamento das ruas se deslumbrou e disse: também acordei! Oxente!
pensei, eu estou acordada desde os anos 70, quando as Universidades
davam aula de coturno e eu sonhava com o voto, ato meu, seu, nosso. Ato
povo, ato gente, nação. Eu estava acordada quando cantei com Chico
Buarque: Joga Pedra na Geni; Apesar de você; Cale-se, Meu Caro
amigo...Quando fiz eco com Vandré: PARA DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES, ou as tantas vezes que de punho cerrado, entoei CORAÇÃO DE ESTUDANTE DE
MILTON NASCIMENTO. Sabe porque eu asseguro que estava acordada? Porque
agitei, mesmo tímida, bandeiras pela Diretas, caminhei pelas ruas em
prol do governo civil; usei minha vigília pela democracia e pela luta de
classe. Estava acordada! Sim. E ainda lembro quando dei meu primeiro
voto -"abra os olhos para votar", assim fiz fé ao meu primeiro voto
para a câmara municipal. Não digam, por favor que eu estava DORMINDO.
Posto que nunca votei em nenhum Fernando para presidente. Não votei em
marajá, nem em que usufruiu da ditadura. Estou em alerta porque sei em
que votei e acompanho até hoje, o compromisso deles, o nível social
existentes nos projetos defendidos pelos mesmos. Tenho sim, INSÔNIA
DEMOCRÁTICA! Meus candidatos fizeram muito pelo Brasil. Bastante ver a
quantidade de concursos públicos que temos, formação tecnológicas em
todos os seguimentos sociais, 10% do PIB para educação, programas de
culturas, o sonho da casa própria, distribuição de renda, menos fome e
muito mais emprego; mais de duzentos Institutos Federais. Então?! Eu até
quero mais, bem mais, mas estou de olho bem aberto. Como posso acordar
se nem sequer, dormir?
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