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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Natal é a 12ª cidade mais violenta do mundo, aponta ONG









Natal foi apontada por uma pesquisa internacional como uma das 16 cidades brasileiras mais violentas do mundo, e a quarta cidade do país, com a taxa de 57,62 homicídios por 100 mil habitantes. O Brasil tem o maior número de cidades entre as 50 listadas pela pesquisa. O fato só reforça a crise que passa a segurança pública do Rio Grande do Norte, que em 2013 registrou mais de 1,6 mil mortes violentas. Neste ano, a média já são de 4 assassinatos por dia.

Com informações do presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Marcos Dionísio, o dado mostra a situação de insegurança que o estado vivencia. “Essa pesquisa vem a reforçar a necessidade do governo priorizar a segurança não só na capital, mas em todo o estado. A situação é insustentável, o governo não tem uma política pública eficiente para o setor”, afirmou.

De acordo com Marcos Dionísio, a violência na capital se dá por dois motivos: a falta de resistência das polícias e a formação de um cinturão de violência que liga a zona norte a sul pelos bairros mais periféricos. “A criminalidade não encontra dificuldades em atuar em Natal. Aliado a isso, devemos perceber que o maior número de homicídios acontece nos bairros da zona norte e oeste, seguindo até a sul pelo Planalto. Esses bairros limítrofes da capital fazem fronteira com outros municípios com índices de criminalidade, formando um cinturão de insegurança”, disse.

A pesquisa foi publicada no UOL hoje pela manhã e foi realizada pela ONG (organização não governamental) Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, do México. O órgão realizou o estudo utilizando índices de população e de homicídios de estatísticas oficiais dos governos locais, para classificá-las como mais ou menos violentas do mundo.

Liderando o ranking nacional e ocupando a quinta colocação na pesquisa internacional está Maceió (AL) com 79,76 homicídios por 100 mil habitantes, seguido de Fortaleza (CE) que está na sétima posição com 72,81, João Pessoa (PB), que está na nona colocação, 66, 92. Estão na lista ainda, Salvador (BA) com 57,61; Vitória (ES) com 57,39; São Luís (MA) com 57,04; Belém (PA) com 48,23; Campina Grande (PB) com 46; Goiânia (GO) com 44,56; Cuiabá (MT) com 43,95; Manaus (AM) com 42,53; Recife (PE) com 36,82; Macapá (AP) com 36,59; Belo Horizonte  (MG) com 34,73; e Aracaju (SE) com 33,36.

Liderando o ranking mundial como mais violenta está a cidade hondurenha de San Pedro Sula com a taxa de 187,14 por 100 mil habitantes. Em segundo está Caracas, na Venezuela, com taxa de 134,36 e em terceiro, Acapulco, com uma taxa de 112, 80, segundo a pesquisa.
“Isto confirma o que revelam diversos estudos mundiais: que [a taxa de] homicídio na América Latina tem índices muito acima da média mundial”, diz José Antonio Ortega Sánchez, presidente da ONG, em texto publicado no site da organização e reproduzido no portal UOL.

Cidades mais violentas no Brasil

Ranking
Cidade
Taxa de homicídios
Maceió (AL)
79,76
Fortaleza (CE)
72,81
João Pessoa (PB)
66,92
12º
Natal (RN)
57,62
13º
Salvador (BA)
57,61
14º
Vitória (ES)
57,51
15º
São Luís (MA)
57,39
23º
Belém (PA)
48,23
25º
Campina Grande (PB)
46,00
28º
Goiânia (GO)
44,56
29º
Cuiabá (MT)
43,95
31º
Manaus (AM)
42,53
39º
Recife (PE)
36,82
40º
Macapá (AP)
36,59
44º
Belo Horizonte (MG)
34,73
46º
Aracaju (SE)
33,36

quinta-feira, 10 de abril de 2014

JUSTIÇA COM AS PROPRIAS MÃOS





Não concordo com essa violência que não acredito que, a justiça com as próprias mãos seja a justiça verdadeira. Não se pode usar este argumento para justificar a raiva, a intolerância, o descontrole emocional e o espírito de vingança. Agredir até a morte um ser humano é uma barbárie sem tamanho e voltar a milhões de anos, é retroceder em todos os aspectos como ser humano.
Somos humanos, imagem e semelhança de Deus e jamais poderemos admitir atitude tão violenta. A justiça se faz com justiça e não por justiceiros. Existe uma lei que estabelece pena maior para quem cometeu crime com a intenção de "fazer justiça pelas próprias mãos". A penalidade também alcança crimes praticados por grupos de extermínio ou milícias privadas para satisfazer pretensão própria ou de outrem ou a prática do crime sobe o pretexto de oferecer serviços de segurança.
A justiça tem que ser feita pelo poder judiciário. Não é responsabilidade do cidadão julgar. Nem educar, nem curar doenças. Por isso existem as instituições que julgam (tribunais), que educam (escolas) e que tratam de saúde (hospitais). Caso contrário estaríamos na era Medieval. O Estado não pode se eximir, temos que cobrar a presença do Estado. Melhoria nas leis que organizam a sociedade, reforma ou privatização do sistema carcerário bem como das demais instituições públicas. Pagamos impostos agora falta exigir soluções e qualidade das instituições públicas. E não regredir na história, voltando ao período medieval. O caminho é em frente.
A sociedade brasileira deve repudiar toda a ideologia de “justiça com as próprias mãos”. Rechaçar toda ideologia falaciosa que o Estado não atua, que é ausente, que não há punição para os criminosos  e bandidos. Isso é discurso de gente autoritária, fascista ou ignorante. Além, é claro, é discurso de segmentos interessados num Estado autoritário, repressivo e complementado, ilegalmente, por bandos de extermínio, assassinos de aluguel, milícias criminosas.
Não é dado a ninguém o direito de fazer justiça com as próprias mãos. O delito encontra-se tipificado no artigo 345 do Código Penal: “Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: Pena - detenção, de quinze a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.” Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. Não se admite que o particular se substitua ao poder público, exercendo arbitrariamente função que lhe cabe.