Aldair Dantas
Cerca de 40,7 por cento dos usuários diz não estar nem satisfeita e nem insatisfeita com a telefonia contratada em suas casas
Cerca de 40,7 por cento dos usuários diz não estar nem satisfeita e nem insatisfeita com a telefonia contratada em suas casasOs dados foram colhidos em levantamento com 200 mil pessoas entre os anos de 2011 e 2012. Os números mostram que somente 43,5% dos entrevistados se declaram satisfeitos com o serviço residencial de telefonia fixa, e uma parcela baixíssima de 2,9% está totalmente satisfeita.
Uma fatia considerável de 40,7% de usuários disse nos questionários não estar nem satisfeita e nem insatisfeita com a telefonia contratada em suas casas. O restante se dividiu entre 11% de insatisfeitos e 1,8% de totalmente insatisfeitos. Dessa forma, mais da metade (51,5%) dos usuários evitou se dizer satisfeita com o serviço. A Anatel classificou os clientes que disseram não estar satisfeitos nem insatisfeitos como “indiferentes” ao serviço.
Banda larga
A banda larga fixa residencial apresentou resultados ligeiramente melhores, com 32,5% dos entrevistados afirmando estarem satisfeitos com o serviço e 19,8% com satisfação plena com a internet fixa. A quantidade de insatisfeitos ficou em 14% e a total insatisfação atingiu 7,9% dos usuários. Restaram ainda 25,9% de entrevistados indiferentes à qualidade da banda larga fixa. Ou seja, 38,7% evitam dizer que estão satisfeitos, quase quatro em cada dez.
Na média ponderada das variáveis pesquisadas - que incluem atendimento, tarifas e preços, qualidade das ligações ou da velocidade de internet, serviços de manutenção, informações, conta e outros serviços -, o índice geral de satisfação com os serviços fixos residenciais foi de 58,9%, numa escala que vai de zero a 100%.
O superintendente de Serviços Públicos da Anatel, Roberto Pinto Martins, avaliou que os resultados servirão como parâmetros para que o órgão regulador faça um diagnóstico de onde são necessárias ações mais rápidas e precisas. “As empresas também precisam consultar essas informações e descobrir onde estão falhando. A pesquisa não pode ser usada só para efeitos estatísticos, temos que usar para seguirmos melhorando a qualidade dos serviços.”
Para Martins, apesar de os dados não indicarem que os serviços são “um desastre”, as companhias têm obrigação de melhorar os indicadores. “Toda empresa deveria buscar a felicidade dos seus usuários. Não acredito que tenha empresa que queira trabalhar com seu usuário insatisfeito e infeliz”, afirmou. “Em 40 milhões de usuários do serviço fixo, 10% de insatisfeitos significam 4 milhões de pessoas insatisfeitas. Temos que trabalhar para deixar todo mundo pelo menos na escala de avaliação razoável do serviço”, concluiu.
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