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sábado, 20 de abril de 2013

Chuvas devem ficar abaixo da média

Roberto Lucena - repórter  da Tribuna do Norte

Em situação crítica, os reservatórios de superfície esperam por chuvas. Mas, segundo previsão dos meteorologistas que estiveram reunidos na II Reunião de Análise e Previsão Climática de 2013 para o Setor Leste do Nordeste, os meses de maio, junho e julho vão registrar chuvas abaixo do normal. Os meteorologistas chegaram ao prognóstico de que para a região leste a probabilidade maior é de chuva nas categorias abaixo da média e para o norte do Nordeste espera-se chuvas na categoria abaixo da normal climatológica.

Adriano Abreu
As chuvas caídas na capital também podem ficar abaixo da médiaAs chuvas caídas na capital também podem ficar abaixo da média

Enquanto a chuva não cai, as lagoas secam. E apesar dos potenciais de abastecimento dos reservatórios de superfície de Natal estarem em situação crítica, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern)  ainda não possui nenhum plano para um possível racionamento de água na capital.

Segundo o órgão, o estudo só será realizado caso não chova o suficiente nos próximos meses.A Lagoa de Extremoz, na Grande Natal, nunca atingiu um volume tão baixo desde que passou a ser monitorada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), em 2007. O manancial está com 48,55% do total da capacidade. O reservatório é responsável pelo abastecimento de 70% da região Norte de Natal. Na Lagoa do Jiqui, entre Natal e Parnamirim, o percentual de armazenamento é de 73%.

A Lagoa do Bonfim, em Nísia Floresta, está com 59,43% da capacidade hídrica acumulada, o que corresponde a aproximadamente 50 milhões de metros cúbicos. É de lá que sai a água que abastece 14 cidades do interior potiguar, a maioria delas no Potengi, cuja oferta do líquido já foi reduzida em 30% desde o mês passado. 

De acordo com a coordenadora de Gestão dos Recursos Hídricos da Semarh, Joana D’arc Medeiros, é a primeira vez, em uma década, que a Lagoa do Jiqui apresenta diminuição da capacidade hídrica. “É um reservatório raso em muitos pontos e este percentual é preocupante”, afirmou a coordenadora. Este ano, o mês de março foi o mais seco em 103 anos.

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