Para melhorar realmente a condição de ensino das escolas particulares e públicas, o cerne da proposta curricular precisa se voltar para as demandas sociais e para a eficiência da economia. Para João Batista Araújo e Oliveira, educador e especialista nas avaliações governamentais sobre qualidade de ensino, a causa do fracasso nacional e, principalmente, em Natal, não incide nem na situação social do aluno e nem nas questões salariais do professor. Trata-se de gestões de intencionalidades e de ações reais que envolvem todos os setores, governamentais e escolar.
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Educadora Ana Priscila Griner é a idealizadora do projeto
Nesse sentido, a diretora pedagógica do Instituto Educacional Casa Escola, Ana Priscila Griner, atenta ao nível de ensino e aprendizado dos alunos, tem se aprofundado em um trabalho reflexivo da Língua Portuguesa com seus professores. A tarefa envolve estudos voltados para uma educação relacionada, cada vez mais, para as práticas sociais, com implicações na aplicabilidade ao mundo, inclusive à realidade tecnológica que está amplamente permeada pelo bom uso da língua.
"Buscamos ensinar de modo a despertar o sentido sobre o que se lê e se escreve, de maneira envolvente. O compartilhamento de ideias e o lúdico se tornam uma prática de rotina dentro de sala de aula a fim de construir as normas e os regramentos sobre a língua com os alunos", explica ela. Da mesma forma, em qualquer disciplina, o projeto considera o gênero textual estudado ou produzido não apenas a partir da informação ou da sintaxe, mas sim, principalmente, a partir de sua construção social, compartilhando sentidos e levando em consideração o que não é previsível e nem totalmente casual, respeitando as regras. "Tudo isso se torna viável quando se dá relevância ao que o aluno quer dizer ou escrever", enfatiza Priscila.
Por exemplo, se o aluno precisa interpretar, cabe compartilhar ideias e aumentar sua percepção de mundo, se ele tem que distinguir qual é o adjetivo ou modificá-lo no texto, a preocupação deve ser para o sentido em que a palavra se encontra, nunca isoladamente e sempre associada ao contexto para o qual ele tem que ler ou escrever. Desta forma o aluno se torna parceiro.
Uma das turmas envolvidas no trabalho direcionado é o 4º ano da manhã, da professora Suzy Barbalho. "Trabalhamos a funcionalidade do idioma no dia a dia em todas as disciplinas quando a gramática está a serviço do sentido e não exerce função isolada para estudo e memorização. Para isso, vamos além do livro didático em busca de uma melhor compreensão dos textos para fins de aprimoramento de uso da linguagem em diversas situações, inclusive na hora de produzir".
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