Páginas

sábado, 22 de setembro de 2012

Falta negociar o fim da greve moral


"A situação melhorou bastante nesses últimos dois dias, e acredito que na próxima segunda-feira (24) teremos boas perspectivas quanto à normalização do atendimento". A declaração de Nilzelene Carrasco, diretora do Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, reflete o alívio que tomou conta de pacientes e profissional da saúde após a retomada do atendimento nos hospitais da rede pública. Problemas ainda persistem, mas a tendência, de acordo com as fontes consultadas pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, é que a situação volte a ficar estável ao longo da próxima semana.
Emanuel AmaralCorredores do HWG abrigam pacientes. Médicos da Sesap fazem
Corredores do HWG abrigam pacientes. Médicos da Sesap fazem "greve moral" nos hospitais públicos

Unidade de referência na Região Metropolitana de Natal quanto ao atendimento de emergência e urgência ortopédica, o Deoclécio Marques retomou a realização de cirurgias na noite de quinta-feira (20), quando o Governo do RN fechou acordo com a Cooperativa dos Anestesiologistas para substituir - temporariamente - os servidores em greve. "Estamos relacionando a ausência de todos os grevistas, e vamos encaminhar a lista dos faltosos para a Sesap tomar as providências", explicou Nilzelene ao ser questionada se o ponto estaria ou nãosendo cortado. Os anestesistas do Estado continuam trabalhando no turno da noite, com presença de 30% como determina a lei de greve.

A diretora ainda não sabe estimar quantas pessoas estão na fila no aguardo de cirurgias eletivas, e adiantou que neste final de semana elas não serão realizadas. "Nesta próxima segunda (24), teremos condições de precisar quando a fila voltará ao nível normal. Saberei, por exemplo, quantas cirurgias poderemos fazer por dia". Na média, o HDM realiza entre 7 e 10 procedimentos por dia.

De acordo com Nilzelene Carrasco, os serviços de lavanderia e rouparia, que chegaram a prejudicar o atendimento no hospital no mês de agosto, estão "entre 60% e 70%" regularizados; e o abastecimento da farmácia pela Unicat bate na caso do 75%. "Falta uma coisa ou outra, mas são problemas bem pontuais", garantiu a diretora.

DESOCUPANDO O CORREDOR

Além do acordo com as cooperativas dos Médicos e Anestesiologistas, que no Hospital dos Pescadores, nas Rocas, e na Maternidade de Felipe Camarão, respondem por 100% do atendimento, a Prefeitura do Natal também enviou um documento para a direção do Hospital Walfredo Gurgel informando que os pacientes estáveis que estão nos corredores poderiam aguardar em casa que seriam chamados para cirurgia de acordo com a ordem da fila de espera. "Estamos conversando com a Secretaria Estadual de Saúde para analisar essa proposta", afirmou a diretora geral do HWG Fátima Pinheiro. Ontem pela manhã havia 40 pacientes nos corredores do hospital.

Nenhum comentário:

Postar um comentário