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domingo, 1 de abril de 2012

População ignora hábitos saudáveis


Londres (BBC) - As autoridades sanitárias de todo o mundo recomendam sete práticas que melhoram a saúde cardiovascular e aumentam a expectativa de vida, evitando infartos ou acidentes cardiovasculares. No entanto, uma pesquisa recente nos Estados Unidos afirma que apenas 1,2% dos 45 mil adultos consultados seguem estas sete dicas. Os sete hábitos para um coração saudável são: não fumar, fazer exercícios, controlar quatro fatores - pressão arterial, glicose, colesterol e peso corporal - e adotar uma dieta balanceada. 


Aldair DantasFazer exercícios físicos regularmente ajuda a combater uma série de doenças circulatóriasFazer exercícios físicos regularmente ajuda a combater uma série de doenças circulatórias



Mas, segundo o estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard, este foi o grupo que justamente apresentou menor risco de morte por AVC. Os problemas cardiovasculares já são a principal causa de morte em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. A OMS estima que a cada ano, 17 milhões de pessoas morrem devido a este tipo de problema. Mais de 80% das mortes acontecem em países de baixa renda. Apesar de estas mudanças de hábitos poderem salvar vidas, a pesquisa publicada pela revista científica Journal of the American Medical Society diz que poucas pessoas realmente levam as recomendações a sério.

Os cientistas usaram dados de uma sondagem nacional com quase 45 mil pessoas com mais de 20 anos em três períodos distintos: de 1988 a 1994, de 1999 a 2004 e de 2005 a 2010. Nestes três intervalos, foi revelado que apenas 1,2% das pessoas seguiam as recomendações.A incidência de fumantes diminuiu entre 23% e 28% desde 1988, mas não houve nenhuma alteração nos níveis médios de pressão arterial, colesterol ou massa corporal.

Quando os pesquisadores analisaram as taxas de mortalidade, descobriram que quem seguia pelo menos seis das sete recomendações tinha 51% menos chances de morrer por qualquer outra causa, em comparação com aqueles que seguiam apenas um dos hábitos. Além disso, o risco de transtornos cardiovasculares caiu em até 76%.

Segundo as estatísticas, os grupos de pessoas que seguiam mais fielmente as recomendações eram mulheres, jovens, indivíduos brancos não-hispânicos e pessoas com maior escolaridade.

Para o professor Donald Lloyd-Jones, da universidade americana de Northwestern, o retrato da pessoa com coração saudável nos Estados Unidos é "uma mulher jovem, branca e com bom nível escolar". "A saúde cardiovascular ideal é perdida rapidamente após a infância, adolescência e juventude, devido à adoção de condutas adversas de saúde vinculadas à dieta, ao peso e ao estilo de vida sedentário, particularmente em camadas da população de piores níveis socioeconômicos." Para Lloyd-Jones, o problema já extrapola os serviços de saúde pública.

Artrite reumatóide pode ter componentes hereditários

Brasília (Ag.Notisa) - A artrite reumatóide afeta aproximadamente 1% da população adulta mundial, causando a destruição tecidual, dor, deformidades e redução na qualidade de vida. De acordo com o estudo "Artrite reumatóide: uma visão atual", calcula-se que a contribuição genética para o desenvolvimento da doença é de 60%. Devido a essa forte influência, o estudo chama a atenção para o fato de familiares de pacientes com artrite reumatóide formarem um grupo de risco para o desenvolvimento da doença, principalmente em sua forma mais grave.

Segundo os autores Isabela Goeldner e colegas da Universidade Federal do Paraná, o risco estimado de familiares de pacientes com artrite reumatóide desenvolver a doença é de 4% para irmãos, 4,7% para pais e filhos e 1,9% para familiares de segundo grau. Por sua vez, familiares de primeiro grau de pacientes que apresentam a doença em sua forma erosiva podem ter mais de 15% de chance de desenvolvê-la.

 "O interesse em familiares de primeiro e segundo graus de pacientes com artrite reumatóide e nos fatores de risco envolvidos no desencadeamento da doença é objeto de estudos há anos. Esses trabalhos sugerem que a agregação familiar, além dos aspectos genéticos, possa estar associada também ao sexo e a idade de início da doença no familiar afetado", dizem no estudo publicado em outubro de 2011 no Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.

Segundo os pesquisadores, durante anos, a artrite reumatóide foi considerada uma doença de caráter benigno, porém estudos mais recentes mostraram que devido a seus efeitos deletérios sobre a mobilidade física e a capacidade funcional, assim como a persistência do processo inflamatório (aterosclerose acelerada), pacientes com artrite reumatóide têm sua expectativa de vida significativamente diminuída quando em comparação com a população em geral. Eles ainda explicam que aproximadamente 50% dos indivíduos com artrite reumatóide ficam impossibilitados de trabalhar em dez anos a partir do início da doença, o que representa significativo impacto econômico e social.  A pesquisa mostra que o curso da artrite reumatóide pode ser modificado por meio do diagnóstico precoce.

Fonte: Tribuna do Norte

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