Londres (BBC) - As autoridades sanitárias de todo o mundo
recomendam sete práticas que melhoram a saúde cardiovascular e aumentam a
expectativa de vida, evitando infartos ou acidentes cardiovasculares. No
entanto, uma pesquisa recente nos Estados Unidos afirma que apenas 1,2% dos 45
mil adultos consultados seguem estas sete dicas. Os sete hábitos para um
coração saudável são: não fumar, fazer exercícios, controlar quatro fatores -
pressão arterial, glicose, colesterol e peso corporal - e adotar uma dieta
balanceada.
Aldair Dantas
Fazer exercícios físicos regularmente ajuda a combater uma série de doenças circulatórias
Mas, segundo o estudo da Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de Harvard, este foi o grupo que justamente apresentou menor risco
de morte por AVC. Os problemas cardiovasculares já são a principal causa de
morte em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. A OMS estima que
a cada ano, 17 milhões de pessoas morrem devido a este tipo de problema. Mais
de 80% das mortes acontecem em países de baixa renda. Apesar de estas mudanças
de hábitos poderem salvar vidas, a pesquisa publicada pela revista científica
Journal of the American Medical Society diz que poucas pessoas realmente levam
as recomendações a sério.
Os cientistas usaram dados de uma sondagem nacional com quase
45 mil pessoas com mais de 20 anos em três períodos distintos: de 1988 a 1994,
de 1999 a 2004 e de 2005 a 2010. Nestes três intervalos, foi revelado que
apenas 1,2% das pessoas seguiam as recomendações.A incidência de fumantes
diminuiu entre 23% e 28% desde 1988, mas não houve nenhuma alteração nos níveis
médios de pressão arterial, colesterol ou massa corporal.
Quando os pesquisadores analisaram as taxas de mortalidade,
descobriram que quem seguia pelo menos seis das sete recomendações tinha 51%
menos chances de morrer por qualquer outra causa, em comparação com aqueles que
seguiam apenas um dos hábitos. Além disso, o risco de transtornos
cardiovasculares caiu em até 76%.
Segundo as estatísticas, os grupos de pessoas que seguiam
mais fielmente as recomendações eram mulheres, jovens, indivíduos brancos
não-hispânicos e pessoas com maior escolaridade.
Para o professor Donald Lloyd-Jones, da universidade
americana de Northwestern, o retrato da pessoa com coração saudável nos Estados
Unidos é "uma mulher jovem, branca e com bom nível escolar". "A
saúde cardiovascular ideal é perdida rapidamente após a infância, adolescência
e juventude, devido à adoção de condutas adversas de saúde vinculadas à dieta,
ao peso e ao estilo de vida sedentário, particularmente em camadas da população
de piores níveis socioeconômicos." Para Lloyd-Jones, o problema já
extrapola os serviços de saúde pública.
Artrite reumatóide pode ter componentes hereditários
Brasília (Ag.Notisa) - A artrite reumatóide afeta
aproximadamente 1% da população adulta mundial, causando a destruição tecidual,
dor, deformidades e redução na qualidade de vida. De acordo com o estudo
"Artrite reumatóide: uma visão atual", calcula-se que a contribuição
genética para o desenvolvimento da doença é de 60%. Devido a essa forte
influência, o estudo chama a atenção para o fato de familiares de pacientes com
artrite reumatóide formarem um grupo de risco para o desenvolvimento da doença,
principalmente em sua forma mais grave.
Segundo os autores Isabela Goeldner e colegas da Universidade
Federal do Paraná, o risco estimado de familiares de pacientes com artrite
reumatóide desenvolver a doença é de 4% para irmãos, 4,7% para pais e filhos e
1,9% para familiares de segundo grau. Por sua vez, familiares de primeiro grau
de pacientes que apresentam a doença em sua forma erosiva podem ter mais de 15%
de chance de desenvolvê-la.
"O interesse em
familiares de primeiro e segundo graus de pacientes com artrite reumatóide e
nos fatores de risco envolvidos no desencadeamento da doença é objeto de
estudos há anos. Esses trabalhos sugerem que a agregação familiar, além dos
aspectos genéticos, possa estar associada também ao sexo e a idade de início da
doença no familiar afetado", dizem no estudo publicado em outubro de 2011
no Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.
Segundo os pesquisadores, durante anos, a artrite reumatóide
foi considerada uma doença de caráter benigno, porém estudos mais recentes
mostraram que devido a seus efeitos deletérios sobre a mobilidade física e a
capacidade funcional, assim como a persistência do processo inflamatório
(aterosclerose acelerada), pacientes com artrite reumatóide têm sua expectativa
de vida significativamente diminuída quando em comparação com a população em
geral. Eles ainda explicam que aproximadamente 50% dos indivíduos com artrite reumatóide
ficam impossibilitados de trabalhar em dez anos a partir do início da doença, o
que representa significativo impacto econômico e social. A pesquisa mostra que o curso da artrite
reumatóide pode ser modificado por meio do diagnóstico precoce.
Fonte: Tribuna do Norte
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