A Polícia Civil
investiga a invasão da portaria do Hospital Deoclécio Marques Lucena por dois
homens armados, na madrugada de ontem, que resultou numa tentativa de homicídio
contra o vigilante Marcel Vitor Moreira da Silva. O que se quer saber é se tem
alguma relação com um eventual resgate de um apenado que se encontra em
tratamento médico, ou ainda, se era a tentativa de consumar o crime cometido
contra três rapazes ao meio-dia de quarta-feira, nas proximidades da passarela
na saída de Parnamirim para São José do Mipibu.
Adriano Abreu
Vigilância foi alvo dos tiros disparados por dois homens
Vigilância foi alvo dos tiros disparados por dois homens
De acordo com os
primeiros levantamentos feitos por uma guarnição do 3º Batalhão da Polícia
Militar de Parnamirim, os homens acusados de assaltarem e tomarem os revólveres
de dois vigilantes do hospital fugiram em dois cartros, um Astra prateado e um
Corsa Classic preto. Os carros diferem
da marca do veículo usado por quatro ocupantes (um Fiat Punto, prata) que
atentaram contra a vida de três pessoas que passavam em motocicletas no começo
da tarde de quarta-feira, em Parnamirim.
Mesmo assim, o
primeiro delegado de Parnamirim,
Graciliano Lordão, não descarta a possibilidade da invasão do Hospital
Deoclécio Lucena, ter sido feita pelas mesmas pessoas que tentaram matar
Kassiano Varela Fidélis e Geilson Silva Fonseca, o "Bracinho", que já
teve passagens pela Polícia por assalto e roubo quando era adolescente.
Lordão esteve no fim
da manhã conversando com a diretora do hospital, a enfermeira Elisabeth
Carrasco, para se inteirar do ocorrido, pois durante a invasão o vigilante
Marcel Moreira da Silva foi baleado na perna ao tentar reagir à ação dos
assaltantes.
A diretora Elisabeth
Carrasco acredita que os invasores do
hospital não tinham ido tentar resgatar o apenado, porque senão teriam
ido até o leito hospitalar onde ele se encontra, inclusive sob a guarda de um
agente de Polícia Civil. Ela também afasta essa hipótese de consumação da
tentativa de homicídio contra os três rapazes, que acabou vitimando o vendedor
de gás Francinaldo Paulino, que passava pelo local e foi atingindo por uma bala
perdida, porque nenhum deles recebeu atendimento médico no Deoclécio Lucena e
sim para o pronto-socorro Clóvis Sarinho, em Natal.
No entanto, o delegado Lordão diz acreditar que "as
pessoas que vieram ao hospital são as mesmas que tentaram matar o 'Bracinho'
antes", pois antes dele e Kassiano Fidélis serem levados para o Clóvis
Sarinho, eles foram trazidos pelo SAMU para o Deoclécio Marques. O "modus
operandi" do assalto ao Hospital Deoclécio Marques é o mesmo do ocorrido
nos Hospitais Santa Catarina, Maria Alice Fernandes, Gizelda Trigueiro, Upa do
Pajuçara, todos em Natal, onde assaltantes também levaram os revólveres dos
vigilantes.
Fonte: Tribuna do Norte
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