Como ter um colegiado presente e atuante com representantes de todos os segmentos da escola

Função mobilizadora | Aproximar os pais da escola
Na EMEIEF Professora Mariângela Ferreira Aranda Fuzetto, em Santo
André, na Grande São Paulo, os conselheiros formam uma verdadeira rede
de contatos para aproximar a escola das famílias. Representantes do
colegiado, como Andréia Magalhães Ferreira e Misleine Caetano de Lima (à esquerda),
procuram os responsáveis pelos alunos para conscientizá-los sobre a
importância da participação nas reuniões. Também há o cuidado em
informar sobre o período de matrículas, espalhando cartazes com as datas
e os horários ao redor da escola e nos lugares frequentados pela
comunidade.
Mas o que faz essa participação ser realmente significativa? O mais comum é que esse grupo atue como fiscal financeiro, acompanhando a movimentação de recursos e a documentação. Esse é, de fato, um de seus papéis. Contudo, não é o único - e restringir a atuação dele a esse tópico é um engano (leia mais equívocos no quadro abaixo). O conselho precisa de apoio e autoridade para desempenhar plenamente as suas quatro funções:
- Deliberativa Tomar decisões a respeito do projeto político-pedagógico (PPP), ajudando a definir a missão da escola e estabelecendo prioridades em termos de recursos físicos e humanos; elaborar as normas internas de funcionamento administrativo, financeiro e pedagógico; aprovar encaminhamentos de problemas; e assegurar o cumprimento das normas.
- Consultiva Analisar as demandas de todos os segmentos da comunidade escolar e propor ideias que, nesse caso, podem ou não ser aceitas pelos gestores.
- Fiscal Acompanhar as ações administrativas, financeiras e pedagógicas, observando se estão de acordo com as normas acordadas e as leis em vigor e se contribuem com a qualidade educacional e social de alunos, professores, pais e funcionários.
- Mobilizadora Promover a participação dos diferentes segmentos da comunidade em atividades que contribuam para consolidar a gestão participativa.
Para incentivar a implantação de colegiados atuantes, a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC) criou o Programa Nacional de Fortalecimento de Conselhos Escolares. Há cursos presenciais para conselheiros e à distância para técnicos das Secretarias de Educação. "De tempos em tempos, novos conselheiros são eleitos e precisam de formação para conhecer seus papéis e desempenhá-los bem", diz Maria Luiza Martins Alessio, diretora de apoio à gestão educacional da SEB. A criação desse colegiado não é regulamentada, mas o governo federal determinou um repasse de transferências extras às prefeituras que implantarem normas específicas para o seu funcionamento.
Os erros mais comuns
Evite as situações que podem comprometer o bom funcionamento do conselho:
- Formar o grupo sem promover debates A eleição é um processo democrático que exige discussão, voto único e apuração transparente.
- Permitir que os membros ajam como se tivessem autoridade especial na escola O colegiado só existe quando está reunido e todas as decisões são tomadas coletivamente.
- Não dar voz a opiniões contrárias às da maioria do grupo Todos têm o direito de se expressar e colocar novas ideias em votação.
- Considerar que o colegiado ameaça a autoridade dos gestores A participação deles só tem a contribuir para o aprendizado.
- Não incluir os suplentes nas discussões Se estimulados a participar, eles estarão aptos a exercer o direito de voto caso o titular falte.
- Formar o grupo sem promover debates A eleição é um processo democrático que exige discussão, voto único e apuração transparente.
- Permitir que os membros ajam como se tivessem autoridade especial na escola O colegiado só existe quando está reunido e todas as decisões são tomadas coletivamente.
- Não dar voz a opiniões contrárias às da maioria do grupo Todos têm o direito de se expressar e colocar novas ideias em votação.
- Considerar que o colegiado ameaça a autoridade dos gestores A participação deles só tem a contribuir para o aprendizado.
- Não incluir os suplentes nas discussões Se estimulados a participar, eles estarão aptos a exercer o direito de voto caso o titular falte.
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