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| Alexandre diz que aos 3 anos Luísa já estava totalmente alfabetizada em português. Além disso, a filha estuda inglês pela internet |
Até onde vai o direito da família
de escolher o tipo de educação que quer dar a seus filhos? A discussão,
antiga no Brasil e em diversos outros países, pode esquentar por aqui.
Ao mesmo tempo em que tramita um Projeto de Lei para regulamentar a
prática do homeschooling no país, aumenta o número de famílias que
aderem à educação domiciliar, mesmo fora da lei. O próprio ambiente
escolar tem contribuído para isso: as motivações pedagógicas e as
alegações de que o ensino regular ou o ambiente de aprendizado
convencional é pobre e ineficaz são algumas das justificativas dos pais
brasileiros que optam pela educação em casa. Mas, e o efeito dessa
prática na aprendizagem dos alunos?
Com 37 anos de profissão, a doutora em Educação da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RGS), Helena Sporleder
Cortes, destaca que o ensino não é apenas o ato de aprendizagem em sala
de aula. 'É aprender a ser cidadão. A conviver com o outro. É saber,
ter, fazer e conviver, como nos lembra a Unesco em seus preceitos sobre
educação', enfatiza Helena.
> Família relata o cotidiano de estudos em casa
> Família relata o cotidiano de estudos em casa
Para a professora, por mais competentes que sejam os pais nesse
processo de ensino apartado da escola, ensinar é uma prática e exige
formação. 'Quais serão os critérios de supervisão? Qual será a
competência necessária dos pais?', questiona-se Helena sobre o tema.
Isso, sem contar com o fato de a educação contribuir para a construção
da identidade da criança. 'Numa escola, o colega em sala de aula é seu
par horizontal; os adultos são a relação vertical, de hierarquia,
dinâmicas fundamentais na formação', completa.

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