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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

No Caic, apenas o Museu sobrevive


Everaldo Lopes
Repórter e Colunista

O que poderia ser, hoje, um formidável centro formador de talentos e manutenção de atletas potiguares,  o CAIC de Lagoa Nova parece mais um quarteirão que soçobrou de um tornado, uma grave crise e uma seca avassaladora, deixando tudo em ruínas, nenhuma árvore em pé. Dois ginásios aparentemente com instalações e piso em condições de serem utilizados, mas revelando nitidamente um quase total abandono. A vegetação que os circundam está transformada em galhos secos, as grades que protegem as janelas, todas enferrujadas, janelas e portas sem conservação,  bebedouros, lavatórios,  banheiros e sanitários em péssima situação. Grande parte do piso interno, formado por grandes blocos, está solta. Uma piscina de 100m, é o único setor do CAIC que está sendo recuperado, mas muito lentamente pois conta  apenas quatro operários recolocando azulejos na parte interna. Pela dimensão da piscina, somente com o atual número de operários, é serviço para vários meses.
Emanuel AmaralTroféus históricos podem ser observados na exposição
Troféus históricos podem ser observados na exposição

  O CAIC de Lagoa Nova ocupa o espaço de um quarteirão inteiro, tendo como vizinhos a CEASA e, em frente o Tribunal Regional do Trabalho 21ª Região. A imensa área abriga dois ginásios com capacidade para 1.500 assistentes, piscina, campo de mini-futebol, alojamento para jogadores denominado "Pousada do atleta". Várias dependências hoje estão desocupadas ou servem para turmas do Supletivo, funcionando na parte da tarde e à noite.  Um mini-teatro circular, a céu aberto, está ainda conservado. Uma outra dependência, está servindo a uma unidade da Polícia Militar Preventiva de usuários de drogas. Quando inaugurado, o  CAIC  contava com uma excelente pista para provas atléticas de 50, 100, 200 e 400m, melhoramento que implicou na utilização de parte do  antigo campo de futebol, dando a impressão de ser um pista de tartã. Também sucumbiu vítima do abandono. O medalhista potiguar Vicente Lenilson aprimorou seu talento e ganhou muitas medalhas como velocista, inclusive no exterior, mantendo a forma na pista que circundava o campo de futebol.

A impressão negativa de quem chega ao CAIC, numa segunda entrada é o portão de ferros retorcidos presos por arames, enquanto parte da cerca que circunda o CAIC sofre o mesmo problema de corrosão. Um espaço que prometia ser a redenção do esporte colegial, muito cedo começou a revelar problemas, sem que surgisse uma medida séria capaz de manter utilizável centro de esportes   tão generoso para modalidades esportivas como vôlei, basquete, futsal, atletismo, natação, handebol, pólo aquático, competições tipo JERNs, servir de sede para torneios, conferências e  palestras.

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