A abertura de novos cursos e vagas de Medicina, ao invés de
solucionar a falta localizada de médicos no Brasil, poderá acirrar a
desigualdade na distribuição desses profissionais pelo território
nacional e aumentar a sua concentração no setor privado.
Estas são algumas das conclusões da projeção “Concentração de Médicos
no Brasil em 2020”, elaborada em parceria pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM) e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo (Cremesp), divulgada nesta quarta-feira (13) e que integra o
estudo Demografia Médica no Brasil. Para ter acesso à integra do
trabalho CLIQUE AQUI.
De acordo com o Ministério da Educação, nos próximos anos serão
abertas 2.415 vagas em cursos já existentes, 800 delas no setor privado.
Com a ausência de políticas públicas que ofereçam suporte à fixação dos
médicos em locais onde há carência de profissionais, sobretudo no Norte
e no Nordeste do país, a projeção aponta para a super concentração de
médicos em algumas áreas, como cidades de maior porte, capitais e
estados das regiões Sul e Sudeste. Isso sem se considerar as novas vagas
autorizadas pelo governo em 2011 e 2012.
“A ida de egressos das escolas para locais onde hoje faltam médicos
fica comprometida pela falta de programas de residência e de condições
de trabalho e emprego que façam com que o recém-formado encare sua
fixação como um objetivo”, alertou o presidente do CFM, Roberto Luiz
d’Avila.
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