O Correio Braziliense destaca que mordido pelo Leão em 2006, o
contraventor Carlinhos Cachoeira conseguiu empurrar por seis anos o
processo que o autuou em R$ 1,24 milhão por prestar informações
conflitantes à Receita Federal. Depois do flagrante da fiscalização, o
bicheiro apresentou recurso, para adiar a execução fiscal, e montou
complexo esquema para driblar a Receita. Para despistar o Leão, os
integrantes do esquema tinham titularidade em 1.159 diferentes contas
bancárias. Já de posse de documentos da quebra do sigilo bancário de
envolvidos na rede de corrupção e contravenção, a CPI que investiga
Cachoeira começa a apontar o funcionamento da quadrilha para fugir do
sistema de fiscalização tributária do país.
As apurações da Polícia Federal cruzadas por integrantes da CPI
mostram que Cachoeira contava com a ajuda de pelo menos quatro
servidores da Receita Federal, que atuavam dando informações
privilegiadas sobre a tramitação de processos internos envolvendo
empresas do esquema e apoio para operações alfandegárias. Diálogos e
menções a servidores identificados como Eurípedes, Lélio, Reginaldo e
Wagner (esse último titular da Alfândega da Receita Federal no Aeroporto
de Brasília) foram registrados no âmbito da Operação Monte Carlo.
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