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sábado, 31 de março de 2012

Perdido e abandonado, Demóstenes Torres pode renunciar a qualquer momento


Vem do Congresso em Foco, mais precisamente do jornalista Leandro Mazzini, a informação mais importante sobre o imbroglio em que se meteu o senador goiano Demóstenes Torres - o ex-líder do Democratas acusado de envolvimento com o maior chefe do jogo de bicho do Centro-Oeste.

Em reportagem publicada ontem à noite, Mazzini escreve que o suplente de Demóstenes, Wilder Morais, secretário de Infraestrutura de Goiás, "foi chamado às pressas em Brasília no fim desta sexta-feira para se encontrar com o parlamentar e seu advogado."

"Não foi divulgado o teor da reunião e especula-se que o senador pode renunciar, desde que haja acordo com a Polícia Federal", diz o jornalista.

A provável renúncia de Demóstenes ganhou força e fôlego neste final de semana.

Ontem o Jornal Nacional da TV Globo mostrou novas gravações comprometedoras do senador goiano, onde ficou claro que o seu envolvimento com o jogo do bicho era antigo.

Hoje o jornal O Estado de S.Paulo publica uma reportagem contando as conversas de Demóstenes com um dos principais operadores do jogo do bicho em Goiás, para discutir ações no Parlamento em favor da contravenção.

Mas é O Globo que azeitou mais a metralhadora contra o senador democrata.

Em sua edição deste sábado, o jornal do Rio de Janeiro conta que os correligionários de Demóstenes acham que a sua situação ficou insustentável, revela um projeto apresentado no Congresso para beneficiar os negócios de Carlinhos Cachoeira, denuncia mais dois parlamentares envolvidos, divulga novas gravações comprometedoras e constata que por tudo isso o Democratas deverá ter um grande prejuízo nas eleições deste ano.

Em outras palavras, Demóstenes Torres está numa encruzilhada.

Perdido em meio a tantas denúncias e abandonado pelo seu partido, ele só tem uma saída: renunciar ao mandato.

Porque se não o fizer, certamente será cassado.

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