Do Estadão
O líder do Democratas na Câmara dos
Deputados, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), afirmou nesta sexta-feira, 30,
que a situação política do ex-líder da bancada no Senado Demóstenes Torres (GO)
se ‘agravou’ desde a quinta-feira, com a divulgação de novos grampos
telefônicos feitos pela Polícia Federal que revelam uma relação do parlamentar
com o empresário do ramo de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira. ‘A situação de Demóstenes se agravou’, disse ACM Neto.
Para o deputado baiano, se Demóstenes não
apresentar explicações ‘contundentes’ e ‘convincentes’ até terça-feira, 3, o
partido abrirá um processo de expulsão de Demóstenes. ‘Se ele não for
contundente e convincente, torna-se insustentável a permanência dele no
partido’, afirmou.
O líder da bancada da Câmara disse que
não pedirá a Demóstenes que deixe o DEM por causa das denúncias, no caso de ele
não as esclarecer. ‘Desfiliar-se ou não do partido é uma iniciativa que cabe a
ele’, afirmou ACM Neto.
Nos bastidores, porém, a cúpula partidária
tem pressionado Demóstenes a deixar a legenda por conta própria. Querem evitar
que as denúncias afetem a legenda. Acreditam que o senador não tem mais
condições de esclarecer o relacionamento que teve com Cachoeira.
Na quinta-feira pela manhã, Neto e outros
integrantes da cúpula encontraram-se com o ex-líder do Senado. Na conversa,
Demóstenes disse que não sabia o que havia contra ele no inquérito em curso no
Supremo Tribunal Federal (STF). Pediu o final de semana para analisar a
investigação e só depois dar uma resposta definitiva.
O advogado do senador, Antonio Carlos de
Almeida Castro, conseguiu nesta tarde cópia dos autos principal da investigação
contra Demóstenes no STF. Ainda aguardava receber os apensos do inquérito, onde
estão os grampos telefônicos que envolvem o senador. Ele afirmou que, nas
conversas que teve com seu cliente por telefone ao longo desta sexta, o
parlamentar não disse se vai deixar o DEM.
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