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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Defesa de direitos humanos critica levantamento parcial do estado de emergência


Cairo - O levantamento parcial da lei sobre o estado de emergência, entrado em vigor hoje (quarta-feira), é um "convite para se acabar com os maus tratos" e pode ser usado para suprimir as liberdades, estimou hoje (quarta-feira) a Organização paa defesa dos direitos humanos (HRW) num comunicado, citado pela AFP.
                     
O chefe das Forças Armadas, o marechal Hussein Tantaoui, anunciou terça-feira o levantamento do estado de emergência em vigor há décadas, salvo em casos de violência cometidos por "bandidos" por coincidir com o primeiro aniversário da revolta que derrubou em Fevereiro de 2011 o presidente Hosni Mubarak.

" O 25 de Janeiro é o primeiro aniversário do dia onde os egípcios ficaram juntos para exigir o fim dos maus tratos pela polícia e do estado de emergência", disse em comunicado Joe Stork, director adjunto do departamento do Médio Oriente da HRW.

A lei sobre o estado de emergência, aplicado continuamente desde o assassinato de Anouar Sadate pelos islamitas em Outubro de 1981 e que permite restrições às liberdades civis e julgamentos perante os tribunais de excepção, foi fortemente criticado no país e no estrangeiro.

Mas a manutenção de um estado de emergência em alguns casos tem sido criticado por grupos de defesa dos activistas de direitos humanos.

O Exército, que tomou o poder após a demissão de Mubarak em Fevereiro, tem desfrutado de um status de herói no início da revolta por se recusarem a disparar contra os manifestantes, mas agora está na mira dos activistas, que o acusam de uso particular aos mesmos métodos que os de Hosni Mubarak para silenciar os opositores.

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