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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Professor: ainda o pior salário

Professor: ainda o pior salário


Antônio Gois e Demétrio Weber
Clipping Educacional - Jornal O Globo

O salário dos professores da educação básica no Brasil registrou, na década passada, ganhos acima da média dos demais profissionais com nível superior, fazendo encurtar a distância entre esses dois grupos. Esse avanço, no entanto, foi insuficiente para mudar um quadro de trágicas consequências para a qualidade do ensino: o magistério segue sendo a carreira de pior remuneração no país.
 
Tabulações feitas pelo O Globo nos microdados do Censo do IBGE mostram que a renda média de um professor do ensino fundamental equivalia, em 2000, a 49% do que ganhavam os demais trabalhadores também com nível superior. Dez anos depois, esta relação aumentou para 59%. Entre professores do ensino médio, a variação foi de 60% para 72%.
 
Apesar do avanço, o censo revela que as carreiras que levam ao magistério seguem sendo as de pior desempenho. Entre as áreas do ensino superior com ao menos 50 mil formados na população, os menores rendimentos foram verificados entre brasileiros que vieram de cursos relacionados a ciências da Educação — principalmente Pedagogia e formação de professor para os anos iniciais da educação básica.
 
Em seguida, entre as piores remunerações, aparecem cursos da área de religião e, novamente, uma carreira de magistério: formação de professores com especialização em matérias específicas, onde estão agrupadas licenciaturas em áreas de disciplinas do ensino médio, como Língua Portuguesa, Matemática, História e Biologia.
 
Pagar melhor aos professores da educação básica, no entanto, é uma política que, além de cara, tende a trazer retorno apenas a longo prazo em termos de qualidade de ensino. A literatura acadêmica sobre o tema no Brasil e em outros países mostra que a remuneração docente não tem, ao contrário do que se pensou durante muitos anos, relação imediata com a melhoria do aprendizado dos alunos.
 
No entanto, o achatamento salarial do magistério traz sérios prejuízos a longo prazo. Esta tese é comprovada por um relatório feito pela consultoria McKinsey, em 2007, que teve grande repercussão internacional ao destacar que uma característica dos países de melhor desempenho educacional do mundo — Finlândia, Canadá, Coreia do Sul, Japão e Singapura — era o alto poder de atração dos melhores alunos para o magistério.
 
— Não dá para imaginar que, dobrando o salário do professor, ele vai dobrar o aprendizado dos alunos. O problema é que os bons alunos não querem ser professores no Brasil. Para atrair os melhores, é preciso ter salários mais atrativos — afirma Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, concorda com o diagnóstico da baixa atratividade da profissão. Ele afirma que a carreira de professor, salvo exceções, acaba atraindo quem não tem nota para ingressar em outra faculdade. Para Roberto Leão, salário é fundamental, mas não o suficiente para melhorar a qualidade do ensino.
 
— Sem salário, não há a menor possibilidade de qualidade. Agora, claro que é preciso mais do que isso: carreira, formação e gestão.
 
Priscila Cruz também diz que o salário é só parte da solução:
— É preciso melhorar salários para que os alunos aprendam mais. Mas o profissional também tem que ser mais cobrado e responsabilizado por resultados. Não pode, por exemplo, faltar e ficar tantos dias de licença, como é frequente.
 

ATO INFRACIONAL e ATO DE INDISCIPLINA

Mas, o que vem a ser ato infracional? E ato indisciplinar?
Quanto ao ato infracional, a definição é dada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece:

Art. 103. Considera‑se ato infracional a conduta, descrita como crime ou contravenção penal.

Assim, todo infração prevista no Código Penal, no Lei de Contravenção Penal e Leis Penais esparsas (ex. Lei de tóxico, porte de arma), quando pra­ticado por uma criança ou adolescente, corresponde a um ato infracional. O ato infracional em obediência do princípio da legalidade, somente se verifica quanto a conduta do infrator se enquadra em algum crime ou contravenção previsto na legislação em vigor.

Desta forma, a primeira conclusão que se pode chegar é que nem todo ato indisciplinar corresponde a um ato infracional. A conduta do aluno pode caracterizar a uma indisciplina, que não corresponda a uma infração prevista na legislação.
Agora, o conceito de indisciplina, é mais tormentoso. Extrai‑se do Di­cionário Aurélio, os seguintes conceitos de disciplina e indisciplina:

Disciplina:
· Regime de ordem imposta ou livremente consentida.
· Ordem que convém ao funcionamento regular duma organização (militar, escolar, etc.).
· Relações de subordinação do aluno ao mestre ou ao instrutor.
· Observância de preceitos ou normas.
· Submissão a um regulamento.

Indisciplina:
· Procedimento, ato ou dito contrário à disciplina; desobediência; desor­dem; rebelião.

Içami Tiba[1] define disciplina como:

(0) conjunto de regras éticas para se atingir um objeti­vo. A ética é entendida, aqui, como o critério qualitativo do comportamento humano envolvendo e preservando o respeito, ao bem estar biopsicossocial.

O autor aponta como causas do indisciplina no escola as características pessoais do aluno (distúrbios psiquiátricos, neurológicos, deficiência mental, distúrbios de personalidade, neuróticos), característicos relacionais (distúrbios entre os próprios colegas, distorções de auto estima) e distúr­bios e desmandos de professores.

A definição que melhor se apresento, é fornecida por Yves de La Tai­lle[2] que esclarece:
Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas, a indisciplina poderá se traduzir de duas formas: 1) a revolta contra estas normas; 2) o desconhe­cimento delas. No primeiro caso, a indisciplina traduz‑se por uma forma de desobediência insolente, no segundo, pelo caos dos comportamentos, pela desorganização das relações.

Numa síntese conceitual, a indisciplina escolar se apresenta como o descumprimento dos normas fixados pela escola e demais legislações aplica­dos (ex. Estatuto do Criança e do Adolescente ‑ ato infracional). Ela se tra­duz num desrespeito, "seja do colega, seja do professor, seja ainda da pró­pria instituição escolar (depredação das instalações, por exemplo).

Ela se mostra perniciosa, posto que sem disciplina “a poucas chances de se levar a bom termo um processo de aprendizagem. E a disciplina em sala de aula pode eqüivaler à simples boa educação: possuir alguns modos de comportamento que permitam o convívio pacífico”.

Agora, um mesmo ato pode ser considerado como de indisciplina ou ato infracional, dependendo do contexto em que foi praticado. Uma ofensa verbal dirigido ao professor, pode ser caracterizada como ato de indiscipli­na. No entanto, dependendo do tipo de ofensa e da forma como foi dirigido, pode ser caracterizado como ato infracional ‑ ameaça, injúria ou difamação. E para cada caso, os encaminhamentos são diferentes.

Constata‑se também, que o ato infracional é perfeitamente identifi­cável na legislação vigente. Já o ato indisciplinar deve ser regulamentado, nos normas que regem a escola, assumindo o regimento escolar papel rele­vante para a questão.

[1] TIBA, Içami. Disciplina – Limite na medida certa. São Paulo: Editora Gente, 1996. 8ª edição. p. 117 e 145.
[2] Op. cit., p. 10.
 
fonte:Luiz Antonio Miguel Ferreira

Como acompanhar a Educação dos seus filhos


Atividades de Casa - Orientações para os pais


1. Jamais faça a lição por seu filho ou permita que outros o façam. Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu, ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele. É preciso desenvolver na criança sua autonomia e responsabilidade para fazer a atividade.

2. Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas. Crie uma rotina de estudo e acompanhe para ver se esta rotina está sendo cumprida. Estabeleça horário para estudar, horário para brincar e assistir TV, e horário para dormir.

3. Troque ideias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.
4. Oriente, a correção fica a cargo do professor. Importante: não vale apagar o erro de seu filho. Quem deve fazer isso é o professor, aponte os erros e faça ele pensar porque está errado.
5. Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Peça para ele ler novamente. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta.
6. Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles.

7. Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental.

8. Eleve a auto-estima de seu filho. Não inferiorize seu filho com afirmações do tipo: “você é burro”, “você nunca vai aprender”, “você não entende nada”, você é preguiçoso”, etc. As palavras têm força! Lembre-se que a motivação nasce a partir do elogio e do reconhecimento, e não da crítica. Portanto, valorize cada acerto, cada pequeno avanço e mostre que ele é capaz.

9. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Sua crítica à tarefa ou ao professor pode desmotivar seu filho e até mesmo tirar a credibilidade do professor e, conseqüentemente, da tarefa de casa e de seus objetivos.
10. Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. Crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.

Abraços!!!

terça-feira, 30 de julho de 2013

REUNIÃO DE PAIS




A reunião de pais é um momento riquíssimo para a construção do elo família e escola. Porém, para
que este seja sadio é preciso prepará-la com cuidado. È importante que a escola proponha reuniões periódicas, havendo ainda a necessidade em alguns momentos de reuniões extraordinárias.


PLANEJANDO A REUNIÃO DE PAIS

Reunir com os professores para definir a pauta da reunião.
Marcar a data com antecedência e enviar um convite aos pais com a pauta da reunião, data, horário de início e término da reunião.
Sugere-se realizar a reunião por turma, pois cada turma tem suas especificidades. Isso poupa tempo.
Sugere-se o tempo máximo de uma hora e meia de duração.
Selecionar texto ou vídeo. Também pode ser uma dinâmica, porém precisa ser bem escolhida, ela não pode ser demorada, tem que estar relacionada ao tema da reunião e não pode constranger os pais.

O QUE NÃO FAZER NA REUNIÃO DE PAIS

Marcar um horário e começar atrasado.
Esquecer de dar boas-vindas aos pais e tratá-los com cordialidade e simpatia.
Falar do desempenho de um aluno constrangendo-o diante de todos.
Rebater críticas dos pais com aspereza como se fosse uma questão pessoal.
Esquecer de colocar cadeiras suficientes para os pais.
Ultrapassar o horário de terminar a reunião, os pais detestam reuniões muito longas.


SUGESTÃO DE ROTEIRO PARA REUNIÃO DE PAIS

Acolhida: Receber os pais e ir encaminhando-os para a sala, não deixe-os esperando de pé.

1º Momento: Abertura
O diretor deverá apresentar-se, dar boas-vindas aos pais e expor o motivo da reunião. Apresentar também o professor e coordenador. ( Pode haver algum pai que nunca participou de uma reunião na escola.)

2º Momento: Reflexão

Utilizar um texto motivacional ou vídeo sobre o tema que se deseja abordar. ( Ver sugestões no blog). Sugere-se a importância do acompanhamento dos pais. Instigar a reflexão. Falar sobre a importância de se combinar regras para serem cumpridas em casa pelos filhos, entre elas: criar uma rotina diária de ter sempre o mesmo horário para fazer tarefas, leituras e estudar.
Este momento pode ser realizado pelo coordenador, diretor ou professor.
3º Momento: A proposta da Escola

O diretor deverá expor o que foi desenvolvido por toda equipe durante a 1ª Unidade e o que vai ser desenvolvido nas próximas unidades. Não precisa se alongar demais. Falar sobre o conselho de classe, explicar como está sendo feito. Esclarecer que vai ser realizado em todas as unidades e que não tem o propósito de alterar a nota do aluno.

Falar do projeto sobre indisciplina na escola que será realizado a partir da segunda unidade lembrando que os pais serão convidados a participar de uma reunião para conhecer e aprovar o regimento da escola.

4º Momento: O trabalho do professor da turma

O professor falará sobre a turma em questão de modo geral sem especificar nenhum aluno sem esquecer de ressaltar os aspectos positivos do grupo. Se algum pai perguntar por seu filho, responder com cautela sem expor a criança. O professor deverá expor o trabalho desenvolvido com a turma, como foi desenvolvido e quais os resultados alcançados. ( Quando possível mostrar cartaz com gráficos).

5º Momento: A fala dos pais

Dar oportunidade para que os pais falem sobre suas expectativas, deem sugestões e façam críticas se houver. Vocês também podem colocar uma caixinha, entregar papelzinho e lápis para que eles escrevam se não quiserem falar.

6º Momento: Entrega dos resultados

Agradecer a presença de todos. Explicar que o atendimento individualizado aos pais pode ocorrer todos os dias na escola. Entregar boletins, relatórios, etc. Continuar o atendimento individualizado aos pais.

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E A ARTE DA ARGUMENTAÇÃO



A argumentação é a principal ferramenta de trabalho do coordenador pedagógico. Durante a realização de seus afazes no cotidiano da escola, o coordenador argumenta o tempo todo. Ele precisa muitas vezes “ convencer ” o professor a realizar determinado trabalho, atividade, projeto. O mesmo ocorre no contato com o diretor e com os pais de alunos, no qual o coordenador lança mão de sua experiência e conhecimento teórico para direcionar e resolver os dilemas pedagógicos do dia-à-dia.
Se não existem verdades absolutas, em educação menos ainda. Portanto, ouvir o posicionamento do colega, não bater de frente com ele e buscar respaldo para seus argumentos num referencial teórico é o melhor caminho para o coordenador.
Para isso, dominar algumas técnicas se faz necessário. Lembre-se que:
- Seus argumentos devem ter um embasamento, nunca deve-se afirmar algo que não venha de estudos ou informações previamente adquiridas.
- Seus exemplos devem ser coerentes com a realidade, ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser inverossímeis.
- Cuidado com comentários em uma escola, a respeito da outra escola em que você trabalha, isso gera desconfiança.

O texto abaixo, traz excelentes dicas que precisam ser assimiladas pelo coordenador e colocadas em prática ao passo que forem surgindo as necessidades.

Por :Evanilde Gomes.


Como ganhar uma discussão
Alessandra Oggioni

Conduza o raciocínio antes de dar opinião, não confronte o oponente de maneira direta e nem pense em devolver acusações: descubra dez passos para argumentar bem.
A maioria das pessoas acredita que argumentar é “vencer” o outro, colocando por terra suas ideias e opiniões. Mas este é um grande engano.
Segundo o professor de linguística Antônio Suárez Abreu, autor do livro “A Arte de Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção” (Ateliê Editorial, 2008), saber argumentar é, em primeiro lugar, aprender a integrar-se ao universo do outro. “É preciso fazer com que o outro tenha condições de ver o objeto da disputa de um ponto de vista diferente daquele a que está acostumado e, ao final, tenha o desejo mudá-lo, concordando com quem argumenta”, explica.

Portanto, em uma discussão, está terminantemente proibido querer impor o seu ponto de vista a qualquer custo. Aquele que logo de cara diz “eu não concordo com você” provavelmente não vai conseguir convencer ninguém. Sendo assim, mostrar consideração pelo que o outro pensa ou sente é o melhor caminho. “Quando nosso interlocutor acredita que pensamos de maneira igual, fica mais fácil ele concordar com as teses que estamos defendendo”, afirma Ana Lúcia Tinoco Cabral, pesquisadora da área de linguística e autora do livro “A Força das Palavras – Dizer e Argumentar” (Editora Contexto, 2010)
Veja dez pontos para argumentar melhor em qualquer discussão ou negociação.

1. Não bata de frente

Em primeiro lugar, é importante aprender a ouvir, para detectar o que o outro pensa sobre um determinado assunto. “Ninguém consegue convencer o outro batendo de frente com seus valores ou modelos mentais. É sempre importante, antes de propor um argumento, conseguir abrir uma brecha nesses modelos”, ensina o professor Antônio Suárez Abreu.

2. Foque no que o outro tem a ganhar

Depois que você ouviu atentamente a exposição do outro, coloque o foco da sua fala no que o interlocutor tem a ganhar, e não naquilo que é objeto imediato do seu desejo. Foi assim que o analista de logística Rafael Dalecio Luiz conseguiu uma vaga em uma multinacional automobilística para a qual prestava serviço. “Eu era de uma empresa terceirizada e tinha sido transferido de São Paulo para Curitiba há um ano. Quando vi que havia vagas no cliente, percebi que era uma chance de voltar. Então, resolvi me oferecer ao cargo”, diz.

Mas quando procurou o responsável pelo processo seletivo, Rafael embasou os argumentos naquilo que a companhia teria a ganhar com a sua contratação, em vez de simplesmente dizer que gostaria de retornar à cidade natal. “Mostrei que a empresa economizaria, pois não precisaria arcar com custos de transferência, e também apresentei os resultados da minha performance na área com números, que deixam a informação mais crível”, conta ele, que conseguiu a vaga.

3. Use os argumentos certos

Para “vencer” uma discussão, também é preciso escolher os argumentos de maneira apropriada e conduzi-los de forma lógica. De acordo com o professor de oratória Reinaldo Polito, o mais adequado é embasar sua fala em exemplos, comparações, estatísticas, pesquisas, estudos técnicos e científicos, teses e testemunhos. Desta forma, é essencial manter-se sempre bem informado sobre o que acontece à sua volta. Quando necessário, vasculhe dados que possam ser úteis para um argumento consistente.

4. Foque nas ideias principais

Um erro bastante comum no processo de “convencer” o outro é usar muitos argumentos ao mesmo tempo. Isso pode confundir a pessoa e enfraquecer o poder de persuasão. Por isso, o melhor é eleger as ideias mais consistentes e focar apenas nelas. No entanto, evite ficar repetindo o mesmo discurso a todo momento, para que a alegação não perca a força.

5. Não apresente sua opinião de cara

Uma técnica que costuma funcionar bem é não apresentar a sua opinião logo de cara. O bom orador, aquele que argumenta de forma eficaz, conduz o raciocínio para depois apresentar a tese. Daí, se o outro concordou com o pensamento todo fica mais fácil, e até inevitável, aceitar a ideia.

Nestes casos, uma boa dica é usar argumentos dedutivos, ou seja, aqueles que partem do geral para o particular. Por exemplo: Todos os habitantes da ilha são alfabetizados (informação de conhecimento geral). Alberto é um habitante da ilha. Logo, Alberto é alfabetizado (dado de caráter particular).
6. Mude a importância dos valores

No livro “A Arte de Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção”, Antônio Suárez Abreu mostra a re-hierquização de valores como um bom método para argumentar. “Você não destrói um valor do outro, apenas põe um outro acima, em termos de hierarquia”, diz. Na verdade, é uma espécie de drible. Um exemplo disso é o que fez Monteiro Lobato em seus livros infantis. Em sua época, por volta de 1920, o “modelo do pai rigoroso” imperava. Em vez de combatê-lo, o autor colocou as crianças em férias no Sítio do Picapau Amarelo, um lugar em que o pai foi substituído por uma avó carinhosa, Dona Benta, que podia ensinar sem punir.

7. Fuja da retorsão

Não abuse da chamada retorsão, o ato de mostrar que o interlocutor pratica ações contrárias às que defende. É o caso de alguém que, confrontado por chegar atrasado, diz algo como: “Mas, você, no mês passado, também chegou atrasado três vezes”. Este argumento é o mais usado nas chamadas DRs, as temidas “discussões de relacionamento” . E é por isso que um casal raramente chega a um consenso.

8. Transmita credibilidade

De acordo com o professor de oratória Reinaldo Polito, o melhor de todos os argumentos é a credibilidade do orador. Assim, a alegação só terá o efeito desejado se existir coerência entre o discurso e a atitude de quem fala. “Por melhores que sejam as palavras, se não encontrarem respaldo no comportamento do orador, não terão crédito e não serão suficientes para convencer”, diz.

9. Fale com domínio e entusiasmo

Outro ponto importante para passar credibilidade no argumento é ser natural, espontâneo e, principalmente, demonstrar conhecimento sobre o assunto que se expõe. Também é essencial transmitir emoção. “A força da argumentação também depende da maneira como ela é exposta. Se a pessoa falar sem motivação, sem energia, sua causa poderá parecer inconsistente”, analisa o professor Reinaldo Polito.

10. Trate o outro com educação e gentileza

Seja qual for o debate, é importante sempre tratar o outro com educação e gentileza. Sem isso, nada funciona. “Por favor”, “entendo seu ponto de vista” e “obrigado por expor tão claramente aquilo que pensa” são maneiras de se mostrar comprometido com a imagem do outro.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Você é um professor antenado nas Tecnologias da Informação e Comunicação?

Preparei este teste tendo por base um teste semelhante criado por Ana Teresa Ralston, da Abril Educação, e Luciana Maria Allan, do Instituto Crescer que foi disponibilizado no site Educar para Crescer. Fiz várias alterações e adaptações para que o professor pudesse fazer uma auto-avalição no que tange a sua imersão na cybercultura e a apropriação das TIC no cenário escolar. Pode ser muito útil para introduzir um grupo de estudos na escola que aborde o assunto. Espero que gostem!

 

Faça este teste e descubra se você é um professor antenado quanto ao uso das tecnologias da informação e comunicação. Responda as questões abaixo e descubra o quanto você sabe usar os recursos tecnológicos na hora de ensinar.

 

1.  Ao solicitar uma pesquisa para seus alunos, você faz o quê?

(    ) Dá o tema, deixando claro que o aluno terá de se virar sozinho para realizar a tarefa;

(    ) Orienta como pesquisar na internet, usando palavras-chave, combinando símbolos etc.;

(    ) Além de orientar, indica a bibliografia sobre o assunto na internet e apresenta uma pré-seleção de sites, estimulando o aluno a ir atrás de outros para dar conta do trabalho.

 

2.   Que tipo de dicas você dá para os alunos apresentarem a pesquisa feita na internet?

(    ) Nenhuma. Os alunos costumam fazer o “corta e cola” na íntegra do que for interessante;

(    ) Você sugere que os alunos preparem um texto, a partir das fontes escolhidas, utilizando o “corta e cola”;

(    ) Você sugere que os alunos leiam as informações pesquisadas e, a partir das mais interessantes, sejam capaz de produzir um texto de sua autoria.

 

3.   Você orienta seus alunos a mencionar o autor e a fonte das informações pesquisadas (texto e foto)?

(    ) Nunca faço isso;

(    ) Já não falo mais a respeito – estou seguro de que meus alunos tornaram essa preocupação uma prática;

(    ) Sempre faço isso.

 

4.   Ao explorar um site ou jogo nas suas aulas no laboratório de informática, você:

(    ) Faz uma apresentação prévia de pesquisa, apresentando a estrutura do site ou jogo e indicando o caminho a ser seguido na navegação (exploração controlada);

(    ) Usa um modelo de conduta único na apresentação do site ou jogo, mas dá liberdade os alunos navegarem depois livremente (exploração orientada);

(    ) Promove uma discussão prévia com os alunos, deixando claro o leque de possibilidades na pesquisa do site ou jogo (exploração aberta).

 

5.   Você estimula seus alunos a criar um grupo de trabalho virtual para organizar e desenvolver um projeto?

(    ) Não, eu não estimulo meus alunos a agirem deste modo;

(    ) Eu estimulo meus alunos a trabalhar em grupo só em sala de aula (e na escola);

(    ) Sempre oriento eles a criarem grupos de trabalho virtual.

 

6.   Por causa de um trabalho, você orienta sua turma a trocar informações com alunos de outras escolas?

(    ) Meus alunos só trabalham no espaço da escola e a troca de informações acontece exclusivamente com os colegas da classe ou, no máximo, colegas de outras turmas da escola;

(    ) Os alunos trocam informações com outras escolas em projetos específicos;

(    ) É rotina dos meus alunos trabalhar em grupos online, trocando informações com alunos de outras escolas.

 

7.   Você incentiva seus alunos a integrar as redes sociais para promover a colaboração de especialistas do tema do seu trabalho escolar?

(    ) Eu não estimulo meu aluno a ir atrás de especialistas nem a acessar informações sobre eles;

(    ) Eu oriento a acessar informações online sobre esses especialistas, mas não a interagir com eles;

(    ) Eu oriento a sempre acessar as redes sociais para a ter a opinião direta de um ou mais especialistas do tema em destaque no seu trabalho.

 

8.   Você interage com seus alunos usando as redes sociais, para desenvolver um trabalho escolar?

(    ) Não, não tenho essa prática; todas as dúvidas são resolvidas em sala de aula;

(    ) Resolvo as dúvidas apenas por email com meu aluno;

(    ) Estimulo meu aluno a usar as redes sociais, interagindo comigo para desenvolver o seu projeto.

 

9.   O trabalho do seu aluno está concluído. Você incentiva seu aluno a publicar na internet?

(    ) Não, não incentivo ele a fazer isso;

(    ) Sim, incentivo ele a compartilhar na rede fechada da escola;

(    ) Sim, incentivo ele a disponibilizar na internet de modo a que qualquer usuário possa acessar o seu trabalho.

 

10.Você estimulou seu aluno a publicar seu trabalho na internet. Como é que isso acontece?

(    ) Ele publica o trabalho, mesmo sem ter minha avaliação;

(    ) Ele publica o trabalho só depois da minha avaliação, mas não o estimulo a interagir com os colegas na internet sobre ele;

(    ) Ele publica o trabalho só depois das minhas correções – e ainda o oriento a receber críticas na internet para que ele seja aperfeiçoado.

 

11.Você tem algum tipo de espaço virtual (Facebook, Twitter, blog, etc.) e estimula seu aluno a acessar este ambiente?

(    ) Eu não tenho espaço virtual;

(    ) Eu tenho um espaço virtual, mas ele é usado para interagir com outros professores;

(    ) Eu tenho um espaço virtual – ele serve para se relacionar com outros professores e com os alunos também.

 

12.A respeito dos recursos tecnológicos aqui em destaque – produção de vídeos e Pod-cast, uso de aplicativos (slide e texto), construção de redes virtuais (Facebook, Twitter etc), elaboração de planilhas eletrônicas e banco de dados –, quais são os que você estimula seu aluno a usar para desenvolver um trabalho escolar?

(    ) Eu não estimulo meu aluno a usar esses recursos para desenvolver um trabalho;

(    ) Eu oriento às vezes a usar esses recursos – e o resultado é que meu aluno é capaz de combinar até três deles para desenvolver um trabalho;

(    ) Eu estimulo meu aluno de tal maneira a usar esses recursos que ele é capaz de combinar a maioria destas mídias para desenvolver um trabalho.

 

13.  Em síntese, a respeito das tecnologias da informação e comunicação, como você no seu dia-a-dia se vê?

(    ) Eu sou resistente e nunca lanço mão desses recursos nas atividades da minha classe;

(    ) Eu tenho alguma familiaridade com os recursos tecnológicos, mas só os básicos e os que eu domino;

(    ) Eu estou integrado ao uso das tecnologias da informação e comunicação – e também me apóio no conhecimento dos meus alunos para desenvolver um determinado projeto.

 

Contagem de pontos

Faça a contagem dos seus pontos seguindo os critérios abaixo:

1ª alternativa – 0 ponto

2ª alternativa – 1 ponto

3ª alternativa – 2 pontos

 

Resultado:

De 0 a 8 pontos –  Você precisa de ajuda!

Está mais do que na hora de você se ligar e investir no próprio desenvolvimento profissional, informando-se sobre as tecnologias da informação e da comunicação cada vez mais presentes (e relevantes) em sala de aula. É preciso, com urgência, que você comece a se reciclar para reencontrar a qualidade do ensino. 

 

De 9 a 18 pontos – Você está chegando lá!

Você não ignora a imersão das tecnologias digitais no meio escolar, por isto, esforça-se em utilizá-la, mesmo porque você já percebeu que é inevitável agregá-las ao ensino já elas já fazem parte da vida dos seus alunos. Observe apenas em que aspectos você pode inovar e busque um maior domínio destes aparatos tecnológicos para que você possa explorar ao máximo as potencialidades das tecnologias.

 

De 19 a 26 pontos - Professor moderninho

Parabéns, você é um verdadeiro professor do século 21! Você está perfeitamente antenado nas tecnologias da informação e comunicação e sabe tirar o melhor proveito delas para o seu aprendizado. Aproveite! E mais: compartilhe esse conhecimento tecnológico com os outros professores da escola.